La vie en vert clair: Rango fun

Sexta-feira, cheirou a fim de semana e com ele a vontade de relaxar. Após uma boa refeição num restaurante árabe ficou decidido que se rumaria ao cinema para soltar umas boas gargalhadas com o camaleão mais famoso destes tempos. E assim foi.

Realizado por Gore Verbinski, Rango, foi um belo momento de diversão.
Quem pensa que vai encontrar uma espécie de Shrek ou qualquer outro do género, que se desengane. Se pensam que as crianças vão compreender a totalidade do filme, desenganem-se também.
Com personagens cativantes, diálogos interessantes, humor inteligente e cheio de ligações a outros filmes, não é a história em si que o torna interessante e divertido. O decorrer da história até é engraçado (apesar de não ser uma história inovadora) e até tem moral e tudo, mas a minha atenção volta-se para as características que já referi.
Uma hora e quarenta minutos de surpresas e diversão. Não é filme para Oscar nem para Palma de Ouro, mas divertiu-me.
Eu recomendo.

Cena do filme Rango

Opiniões de alguns críticos

"Rango é um filme estranho, no limiar entre os públicos que deseja atingir. Apesar de ser produzido pela Nickelodeon, não é propriamente um filme infantil. Os personagens fofinhos e simpáticos foram trocados por seres sujos e feios, como lagartos, sapos, ratos, ácaros e outros do mesmo naipe. A linguagem é complexa, com palavras pouco afeitas aos menores, como hidratação, próstata, bolo fecal e partes íntimas. A própria história traz momentos de divagação, como o bizarro início onde o personagem título ainda não tem uma identidade definida. Isso sem falar no tom assustador de alguns personagens, ao menos sob o olhar infantil. Ao mesmo tempo, traz uma boa dose de cenas de ação que chamam a atenção, em especial a fuga da águia que resulta em uma garrafa de refrigerante, e personagens humanizados, cujo carisma supera o visual pouco agradável aos olhos." por Francisco Russo _ para mim uma crítica bastante limitada.

Cena do filme Rango

"Ao apresentar um camaleão estrábico, criativo e morador de um aquário seco onde fantasiava as mais inusitadas histórias, o filme até causa uma certa estranheza inicial. Mas após o acidente que o libertou e abriu as portas para a primeira experiência ao lado de um sapo, abaixo de um falcão e tendo uma garrafa de refrigerante como coadjuvante, já se sabe o que virá pela frente. A divertida sequência agradaria a criançada, mas o que vem em seguida muda o rumo da prosa.
Refém da nova realidade, o lagarto embarca numa aventura com diálogos complicados (podendo causar dispersão nos pequenos) para envolver o espectador na trama sobre identidade, que ganha contornos de faroeste quando o simpático animal descobre que precisa conhecer Poeira, uma inóspita cidade dominada pela corrupção. (...)
"Com inúmeros personagens ricos em detalhes, narrado e cantado por quatro corujas mariachis, o filme é cheio de referências cinematográficas e torna-se quase impossível não se encantar por ele." por Roberto Cunha