quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Berlim rendido a Pina Bausch através dos olhos de Wim Wenders

"Sonhávamos em fazer este filme há uns 20 anos. Começamos a trabalhar nele quando aconteceu o inimaginável, sua morte. Durante as filmagens, ela estava presente por trás de mim. Fazer o filme foi um trabalho de luto, mas não foi algo triste", explicou Wim Wenders. Pina e Wim admiravam-se mutuamente e queriam fazer este trabalho juntos.
 O cineasta alemão Wim Wenders interrompeu a produção do filme, após a Morte da homenageada Pina Bausch em 30 de Junho de 2009. 
Por ter iniciado as gravações do documentário com a própria Pina Bausch no início de 2009, onde chegaram a gravar quatro peças: "Le Sacre du Printemps" (1975), "Kontakthof"(1978); "Café Muller" (1978) e "Vollmond"(2006), a produtora de Wenders, Neue Road Movies, anunciou a interrupção temporária do filme após a sua morte.
O cineasta e a coreógrafa eram amigos de longa data 

Quatro meses após a sua morte, o cineasta retomou o trabalho,onde procurou a tecnologia tridimensional utilizada em filmes de animação de Hollywood, como Toy Story e Idade do Gelo 3, com efeitos especiais para fazer com que o espectador se sinta dentro do filme e assim compreender melhor a sua linguagem.
O filme é uma coprodução teuto-francesa.
Cartaz publicitário de Pina

Os bailarinos da companhia de Pina Bausch disseram estar satisfeitos com o trabalho do cineasta, uma vez que a tecnologia 3D irá preservar a coreografia desta que é uma das precursoras do teatro-dança.

Cena documentário "Pina" de Wim Wenders sobre a dançarina e coreógrafa alemã Pina @ http://cinema.uol.com/

Cena documentário "Pina" de Wim Wenders sobre a dançarina e coreógrafa alemã Pina @ http://g1.globo.com/

"O cinema em 2D não é capaz de capturar o trabalho de Pina Bausch, quer emocionalmente, quer em termos estéticos. Quando assisti ela a dançar há 25 anos, fiquei profundamente emocionado. Entendi o movimento humano, os gestos e emoções numa nova perspectiva. Esta magia é o que desejo passar para o grande ecrã.”. Palavras do cineasta.
 Um dos grandes desafios enfrentados por Wenders ao realizar o trabalho foi reunir 40 tipos de música de várias épocas e países diferentes em uma mesma linha narrativa. "E não mudamos nada", completou ele. "Está tudo lá como Pina concebeu."

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